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A Jornada Decolonial: Viajando com Consciência e Transformação

  • fab
  • 13 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Viajar é muito mais do que atravessar fronteiras físicas; é um convite a mergulhar nas profundezas das culturas, a ouvir histórias esquecidas e a enxergar o mundo com novos olhos. Cada passo em um destino desconhecido é também um movimento de questionamento – questionar as estruturas de poder que, por tanto tempo, definiram o que vemos, o que sabemos e como nos conectamos. A abordagem decolonial nos chama a ir além da superfície, rompendo com a colonialidade e adotando uma postura de viagem que é ao mesmo tempo consciente e transformadora.


Ao adotar uma perspectiva decolonial, rejeitamos a ideia de que existe um único modelo de mundo e, em vez disso, celebramos a pluralidade cultural que dá vida ao mundo. Apoiamos, assim, o turismo comunitário e as iniciativas locais, não apenas como consumidores, mas como co-criadores de uma troca justa e respeitosa. Nessa troca, abraçamos as culturas locais, não como exóticas, mas como fontes de saberes ancestrais que nos desafiam a aprender, desaprender e ressignificar.


Dessa forma, a viagem se torna uma troca rica e transformadora, onde somos não apenas turistas, mas parceiros de um movimento que valoriza e fortalece as culturas locais. Com respeito e consciência, contribuímos para um mundo mais inclusivo, onde a diversidade é reconhecida e celebrada, e onde cada experiência nos ajuda a construir uma realidade mais justa e plural. Ao apoiar o turismo comunitário, fazemos parte de um esforço coletivo para criar um futuro onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. Não somos apenas turistas; somos agentes de transformação, cúmplices de uma nova maneira de habitar o mundo.


Frantz Fanon e Aimé Césaire nos lembram que "viajar com consciência é resgatar a dignidade dos povos oprimidos," uma dignidade que se expressa nas cores, nos sons e nos ritmos de cada cultura. Walter Mignolo nos fala do “pensamento-outro”, que nos convida a escutar as vozes que foram historicamente silenciadas, enquanto Catherine Walsh propõe a “educação e conscientização” como ferramentas para desconstruir as camadas da colonialidade. E, por fim, Aníbal Quijano nos desafia a romper de vez com a lógica colonial, apoiando as iniciativas locais e comunitárias.


Assim, cada viagem se transforma numa experiência profunda de cura e resistência, onde participamos de uma jornada coletiva para criar um futuro em que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas. A viagem decolonial não é apenas uma travessia física; é uma travessia da alma, uma jornada rumo a um mundo mais justo, inclusivo e plural.

 
 
 

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🌍 Ateliê de Horizontes 2025. Agência de Viagens e Turismo.  

 

Agradecimentos a Unsplash pelas imagens e ao Wix pelo design.

Este conteúdo está licenciado sob CC BY-SA. 

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